domingo, 19 de junho de 2011

A guria

Era um dia comum e eu voltava da escola como sempre
Tinha uns 13 anos e poucas ambições,
Mas tudo mudaria naquela tarde
Pela primeira vez vi a guria, Linda Guria.
Ficava deslumbrado com seus lindos cabelos de mola e aqueles olhos com o brilho cintilante. Nossa! minhas tardes nunca mais foram às mesmas,
Esquecia todo o tipo de passatempo,
Não queria saber de pipa, futebol ou corrida
Queria apenas a “boneca”, a linda “boneca” que era a guria,
Perdia a noção do tempo vendo-a pela minha janela,
Gostava do seu jeito do seu olhar, mesmo que não tivesse em minha direção
Insistia em pensar que poderia me aproximar e ela retribuiria com o seu mais lindo sorriso, aliás, nem precisava que ela sorrisse para ver a satisfação no meu olhar,
Era incrível como eu estava encantado, não estava em minha plena consciência,
Mas a pouca lucidez que restara era suficiente para perceber que eu trocaria a luz do sol
pelo olhar da guria e nenhum mal me faria, pois o tudo que eu pensava era fruto de inspiração, porém era uma ilusão, tudo estava diferente, eu procurava o encanto que me cativou, procurava a luz do dia se é que ainda haveria luz,
meu único sonho se quebrou
A guria simplesmente não estava lá
E agora sempre que subo com uma pipa, olho para o sol e lembro do brilho do seu olhar
E quem sabe um dia?
Eu reencontro a guria.

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